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| Estereoh - Foto: Divulgação |
Por que o nome “Estereoh”, como surgiu a banda, qual a formação atual e quais as influências?
Jack de Carvalho - O nome Estereoh é uma referência ao Sebadoh, banda indie norte americana, que inclusive vem esse ano ao Brasil. Foi uma ideia simples, pegar a palavra estéreo e acrescentar o "h". Isso gerou um nome quase único no serviço de busca do Google o que me deixou feliz. Componho há bastante tempo, sob o nome de Estereoh desde 2008, com muitas mudanças na formação. Atualmente estão comigo o baixista Igor Morais e o baterista Fábio Sinistro. Ultimamente temos contado com o Andy Monroy, na segunda guitarra. Quando perguntam a influência da Estereoh eu digo sempre que, como eu componho, acho que as minhas influências acabam pesando mais. Curto muito Neil Young, Smashing Pumpkins, Nirvana, Sebadoh, Dinosaur Jr., The Radio Dept, por aí... .
Entre 2008 e 2013 vocês disponibilizaram algumas Demos. Como se deu a composição, melodia e gravação desses materiais?
Jack de Carvalho - Em 2008, tivemos a oportunidade de gravar quatro músicas produzidas por Régis Damasceno, do Cidadão Instigado e do Mr. Spaceman, essa segunda banda, bem mais próxima do que a Estereoh produz. Foi muito importante a presença do Régis, que pela experiência nos fez ver que precisávamos melhorar em alguns aspectos. Dessa sessão de gravação com a produção dele, tem outro ponto que nos orgulha: gravar uma música cuja letra é do Nene Altro, do Dance of Days. A música "Por Um Fio" é uma poesia do Nene publicada no seu livro "Os Funerais do Coelho Branco". Nene ouviu o resultado, disse ter adorado e como fã fiquei muito feliz.
Depois gravei com Danyel Noir, na casa dele, no PC dele, as músicas "Esp+cial" e "A última vontade é a que vence". Danyel Noir é meu herói da guitarra, uma pessoa muito foda musicalmente e um grande amigo. Nos conhecemos há 15 anos, eu faço questão de ouvi-lo em tudo que diz respeito à música. Em agosto de 2013, gravamos sob o olhar dele mais quatro músicas, duas delas estão no soundcloud: "Calendário" e "Não Me Importa".
Há 5 anos vocês vem trabalhando em várias composições. Tem planos de lançarem algum material físico ou digital com todos os trabalhos da banda?
Jack de Carvalho - Sim, pretendemos lançar algo físico. Mas por enquanto estou satisfeito em liberar digitalmente para download. Não penso em ganhar dinheiro com a venda, queria mesmo era poder toda semana tocar num lugar diferente. Esse é o prazer.
A Estereoh já se apresentou em alguns lugares com os projetos como Rock Cordel e Indie Sessions. Como foram essas experiências?
Jack de Carvalho - A experiência de tocar no Rock Cordel, no Indie Sessions, no Maracanaú Rock Fest e no Seattle Night sempre foi positiva. Cada vez mais, encontramos melhores equipamentos. Acho que os organizadores de festivais estão mais atentos às necessidades mínimas para que as bandas mostrem seu som. Isso é muito importante. E os organizadores desse festivais são pessoas batalhadoras, que movimentam a cena rock, fazem acontecer.
Atualmente, em se tratando da Cena Underground de Fortaleza, qual a opinião e a posição da Estereoh?
Jack de Carvalho - A Estereoh é uma banda pouco conhecida, de poucos shows, reconheço que temos pecado nisso. Não temos nos articulado com muita gente e o underground funciona muito a partir das relações de proximidade e colaboração com bandas, organizadores e instituições. Precisamos melhorar isso.
Sobre a Indústria da música, qual é a opinião da banda sobre a venda de música online, e os downloads ilegais? Qual será o futuro das vendas de CDs e Vinis, e se os formatos digitais de mídias substituirão completamente os formatos antigos.
Jack de Carvalho - A venda de música online é importante e válida. Eu paguei pelo último disco do Sebadoh na net, mas baixei o Smashing Pumpkins sem pagar. Meu critério? O Sebadoh parece precisar mais do meu dinheiro que o Pumpkins. Não sei se é o raciocínio certo mas foi isso. Acho que o CD é cada vez mais coisa do passado e curiosamente o mercado de vinil tem crescido, graças a um certo charme e também pela qualidade do som, claro.
Quais são os planos para o futuro?
Jack de Carvalho - Acredito que em 2014 a Estereoh apareça um pouco mais, apesar de estarmos hoje distantes: eu morando no Rio, os meninos em Fortaleza. É provável que lancemos alguns produtos como camisetas e um EP físico. Tenho feito novas músicas , em breve algumas delas deverão estar na internet.
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